Termas de Água de Radium, Sortelha

Termas de Sortelha



As primeiras pesquisas sobre a radioactividade das águas portuguesas datam de Maio de 1910, numa altura em que passou a haver em Portugal uma preocupação por parte das empresas de águas de querer a todo o custo que as suas águas fossem radioactivas. Este fenômeno que aconteceu em vários países da Europa e designou-se por "febre da radioactividade".


Como na época o rádio era considerado benéfico para a saúde, a presença de uma emanação desse elemento na água passou a ser considerada como um factor importante na sua acção terapêutica. Aliás, a presença da emanação de elementos radioactivos era por si só considerada um factor essencial de valorização da própria água.


Em consequência da "febre da radioactividade", junto à aldeia de Quarta-Feira (Sortelha), numa encosta da Serra da Pena foi mandado construir um hotel termal por um Conde espanhol que, ouvindo falar das miraculosas águas com rádio, ali se deslocou afim de curar uma doença de pele de que sofria a sua filha. Diz-se, também, que as referidas águas curavam essencialmente doenças de pele, fígado, rins, coração, bacia, arterosclerose, etc.


As termas eram muito procuradas por portugueses e estrangeiros e pensa-se inclusivé que tenha havido exportação de águas já que em 1996 um arqueólogo descobriu em Sortelha uma garrafa de água intacta onde se encontrava escrito "Águas Radium – Caria, Portugal".


A descoberta dos malefícios trazidos pela radioactividade e pela energia atómica durante a Segunda Guerra Mundial provocou a falência do complexo hoteleiro e industrial que anos antes tinha passado a ser explorado por ingleses.


Hoje, por entre a vegetação que reveste a Serra da Pena, pode-se avistar e visitar o imponente monumento que continua abandonado apesar de ter existido na década de 90 um projecto de recuperação.


Quem quiser saber mais sobre as Águas Radium pode consultar esta página ou um artigo na página 23 deste documento


Fonte:http://coord.info/GC1CTPG